quinta-feira, 15 de novembro de 2012

VW 1600

A linha Volkswagen 1600/TL/Variant foi, juntamente com o Fusca e a Kombi, a base da presença da Volkswagen no mercado brasileiro até a chegada do Passat, em 1974. Todos eram equipados com motores traseiros refrigerados a ar e mesma plataforma mecânica do Fusca.

O Brasil viu em dezembro de 1968 a estreia do VW 1600, um carro de três volumes e quatro portas, com um motor a ar de 1600 cc, instalado na traseira.
VW 1600  4Pts Zé do Caixão - Carros
O VW 1600 acomodava quatro passageiros e os levava até cerca de 135 km/h. A dianteira, única no mundo, possuía faróis retangulares até 1970, quando foram substituídos por dois faróis redondos de cada lado.
Fotos de  VW 1600  4Pts Zé do Caixão
A fábrica sustentava o marketing na beleza do carro que aparentemente só ela via, e o carro teve sucesso limitado, sendo popular apenas entre os taxistas.

Enquanto o Corcel disparava nas vendas, o sedã 1600 empacou na dificuldade do público de enxergar a beleza que a fábrica anunciava. E o que é pior: ganhou um apelido que enterrou de vez as expectativas nele depositadas pela VW. Graças às linhas retas, ou às três grandes alças que tinha junto ao teto, foi chamado de "Zé do Caixão".

Rejeitado pelos consumidores mas aclamado pelos taxistas, que viam nele uma opção ao Fusca com mais portas e capacidade de carga, mas igualmente confiável,  ele saiu de linha em 1971.
VW 1600  4Pts Zé do Caixão - Brasil







VW TL

 Derivado dele, a fábrica seguiu a tendência natural da linha europeia, lançando primeiro a caminhonete (perua) Variant, em 1969. Com a iminente saída de linha do 1600 original, a fábrica lançou o dois volumes e meio (fastback) TL em 1970, com o motor horizontal da Variant - e já no ano seguinte seria eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1971. 
 Mesmo com um desempenho ruim nas lojas ao longo de sua breve existência de dois anos, o VW 1600 teve o mérito de ser a base para a bem-sucedida perua Variant e para o cupê TL, em 1970.
O VW TL era o trunfo da fábrica para manter fiéis à marca os compradores do Fusca que desejavam mais potência, além de maior espaço interno combinado com algo que merecesse ser chamado de porta-malas. O TL tinha motor de 65 cavalos, conforto relativo para os passageiros de trás, proporcionado pela boa altura do teto, e capacidade anunciada de 611 litros de bagagem. 
No primeiro teste do modelo (QUATRO RODAS de novembro de 1970), o jornalista Expedito Marazzi destacava a moleza da suspensão traseira como um agravante à tendência sobreesterçante dos VW refrigerados a ar. Mas o TL brilhou na prova de consumo de combustível: em velocidade constante, a 100 km/h, o motor 1600 fez 18 km/l. Em compensação, na sua melhor passagem, durante o teste de velocidade máxima o TL cravou 135 km/h e acelerou de 0 a 100 km/h em 20,5 segundos.


Ao contrário da Variant, o TL não chegou a ser um sucesso de vendas. Aliás, nem chegou a incomodar concorrentes como Corcel, Chevette e até Dodge 1800. Sem falar na própria concorrência dentro de casa, pois com o surgimento da Brasilia, em 1973, e logo em seguida do Passat, ficaram expostos sem piedade os sinais de envelhecimento em estilo e mecânica, respectivamente, do irmão mais velho. A versão quatro portas, que saiu em 1973, herdou do Zé do Caixão a preferência dos motoristas de táxi, que procuravam um VW maior por exigência dos passageiros. Ela ajudou a compor a modesta quantidade de menos de 110 000 unidades vendidas até 1976, o último ano de fabricação do TL.

No ano seguinte ao do lançamento, o TL ganhou sua versão definitiva com o novo desenho dianteiro, que ficou conhecido como "frente baixa". A cara chata deu lugar a um harmônico perfil afilado que seria adotado nos lançamentos seguintes, como o esportivo SP2, a Brasilia e a Variant II.

Quando a Volks comprou a Vemag e suspendeu a produção da linha DKW, surpreendentemente a perua Vemaguete usada valorizou. O motivo: as famílias que queriam uma perua média ficaram sem opção. Dois anos se passaram até a chegada da Variant, no final de 1969. Era a irmã do sedã 1 600, mais conhecido como Zé do Caixão. Suas linhas, porém, eram muito mais harmoniosas: foi considerada por QUATRO RODAS, na época do lançamento, no final de 1969, como "o VW mais bonito do Brasil".


No ano seguinte ao do lançamento, o TL ganhou sua versão definitiva com o novo desenho dianteiro, que ficou conhecido como "frente baixa". A cara chata deu lugar a um harmônico perfil afilado que seria adotado nos lançamentos seguintes, como o esportivo SP2, a Brasilia e a Variant II.

A versão quatro portas, que saiu em 1973, herdou do Zé do Caixão a preferência dos motoristas de táxi, que procuravam um VW maior por exigência dos passageiros. Ela ajudou a compor a modesta quantidade de menos de 110 000 unidades vendidas até 1976, o último ano de fabricação do TL..

VW VARIANT

Quando a Volks comprou a Vemag e suspendeu a produção da linha DKW, surpreendentemente a perua Vemaguete usada valorizou. O motivo: as famílias que queriam uma perua média ficaram sem opção. Dois anos se passaram até a chegada da Variant, no final de 1969. Era a irmã do sedã 1 600, mais conhecido como Zé do Caixão. Suas linhas, porém, eram muito mais harmoniosas: foi considerada por QUATRO RODAS, na época do lançamento, no final de 1969, como "o VW mais bonito do Brasil".
 
A Variant foi lançada em 1969, com a frente alta e faróis quadrados (iguais aos do VW 1600, lançado em 68), lanternas traseiras finas e quebra vento na lateral do vidro traseiro. Este modelo ganhou uma pequena alteração no segundo semestre de 70, com o lançamento do TL, adotando o conjunto ótico do TL (faróis duplos redondos) e leve modificação no capo dianteiro. 

Como todo Volks, a Variant era sinônimo de simplicidade e funcionalidade. E a síntese dessa idéia é o painel, com apenas dois instrumentos: no centro, o típico velocímetro com a luz verde para o nível do óleo, a vermelha para indicar problemas no alternador e o indicador único de seta no centro. À esquerda fica o marcador de nível de combustível. Do lado oposto, espaço para o relógio de horas. E é só. Mas uma coisa é certa: para os padrões dos carros nacionais, a Variant tinha um acabamento muito bom.
A Variant redimiu os carros de passeio da Volks no quesito espaço para bagagem. Além do porta-malas na frente, ela tem espaço de sobra atrás. Isso graças ao motor traseiro, que tem a ventoinha mais baixa do que a do Fusca. Uma tampa separa os passageiros do motor. Se favoreceu o espaço para bagagem (além do porta-malas pode-se utilizar o espaço sobre a tampa), essa solução prejudicou a vida a bordo: não é fácil conviver com o motor "dentro" do carro nos dias de calor.






No segundo semestre de 71, a linha TL/Variant ganharam a chamada frente baixa, e o VW 1600 (Zé do Caixão) deixa de ser produzido, substituído pelo TL 4portas. A Variant manteve o quebra vento na janela lateral e as lanternas fininhas até o fim de 72.


Em 1973, ganha três saidinhas de ar na coluna C, perde a janelinha lateral e ganha lanternas traseiras maiores, mantendo esta configuração até 1977, quando da chegada da Variant II.

Lançada em 1977 como modelo 1978, a segunda geração da Variant foi um produto exclusivamente brasileiro. Durou apenas três anos no mercado, mas ficou marcado como o mais evoluído derivado do VW Fusca - principalmente no que se refere aos aspectos técnicos.


Na linha 1980, o modelo ganhou temporizador de limpadores de pára-brisa e bancos dianteiros com encostos para cabeça separados. Muito pouco para conter o desgaste acelerado de sua imagem. Ela duraria até 1982, e saiu de linha junto com a Brasilia. No lugar desta a VW já tinha o Gol, na mesma faixa de mercado. A Parati faria o mesmo ainda naquele ano pela Variant II.


2 comentários:

  1. Na verdade a variant 2 saiu de linha antes do que foi dito. O que aconteceu é que venderam as unidades que foram produzidas e ficaram encalhadas naquela época de crise.

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  2. Na verdade a variant 2 saiu de linha antes do que foi dito. O que aconteceu é que venderam as unidades que foram produzidas e ficaram encalhadas naquela época de crise.

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